Texto de referência: Lucas 15:11-32

As parábolas são histórias contadas por Jesus que nos trazem profundas lições sobre vida cristã e estão recheadas de princípios financeiros.

Seguramente, a parábola do filho pródigo é uma das passagens mais completas que fala sobre a nossa vida financeira. Com o exemplo do filho pródigo, podemos reconhecer em nós, erros financeiros que nos levam à falência. Contudo, a história é tão completa que também nos mostra como podemos direcionar as nossas finanças para o caminho certo. Em algum ponto da história, podemos nos identificar com esta personagem.

Os 10 erros financeiros na Parábola do filho pródigo. 

1. Não teve paciência.

“O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.” Lucas 15:12

A paciência implica esperar pelo tempo certo pois há um tempo para tudo. Lamentavelmente, o filho não esperou e pediu a sua herança quando o seu pai ainda estava vivo. Evidentemente, ele não estava preparado para receber aquela herança, precisava de mais tempo para aprender a gerir melhor. Muitas vezes, nós também não temos paciência e queremos coisas fora do seu tempo. Aprender a esperar e a ter paciência é uma qualidade que pode ser transformadora para as nossas finanças.

2. Sobrevalorizou as riquezas.

O filho pródigo quando pediu a sua herança, considerou que o valor era suficiente para viver uma vida de luxo infinita. Os seus cálculos estavam errados. A fortuna que recebeu, aos olhos dele, era maior do que de facto era. Esta situação acontece recorrentemente com quem ganha lotarias ou heranças. Sempre sobreavalia o dinheiro. Ele sempre vale menos do que realmente vale.

3. Abraçou a preguiça. 

Por achar que a herança que recebeu era infinita, o filho quis viver uma vida ociosa sem trabalhar. Mais à frente na história, vemos que a decisão de trabalhar veio só quando ele bateu no fundo. O desejo pela ociosidade levou-o à ruína. O ser humano foi feito por Deus para uma vida de trabalho e ação. Os homens mais ricos do mundo continuam a trabalhar. A ociosidade revela uma falha no carácter e leva à pobreza.

4. Buscou a felicidade no dinheiro. 

O filho pródigo pediu uma herança antecipada e gastou todo o seu dinheiro pois buscava a felicidade. Só quando perdeu tudo é que compreendeu que o prazer do dinheiro era temporário. Dinheiro não foi a solução para o que ele procurava. A verdadeira felicidade estava na verdade na casa de seu pai. Nós necessitamos de dinheiro para satisfazer necessidades importantes mas nunca será o meio para a felicidade. Nada do que possamos desejar vai preencher a nossa vida.

5. Deixou-se levar pelos prazeres.

“Poucos dias depois, este filho, já na posse de tudo o que lhe pertencia, partiu para uma terra distante, onde desperdiçou o dinheiro com pândegas e na má vida.” Lucas 15:13

Procurar prazeres e a satisfação dos nossos sentidos é o que nos leva às piores decisões financeiras. O filho pródigo quis levar uma vida de prazeres, vícios e satisfação temporária. Evidentemente, o resultado não foi bom. A menos que adotemos uma vida disciplinada e racional diante do nosso dinheiro, nunca seremos bem sucedidos. Responsabilidades e necessidades reais precisam vir antes de qualquer desejo supérfluo. Cuidado com o que os seus olhos desejam. Antes de comprar adote a estratégia SMART. 

6. Desperdiçou o seu dinheiro. 

Viver acima das possibilidades é algo tão natural na nossa sociedade. No entanto, sempre leva a consequências futuras desastrosas. O filho gastou todo o seu dinheiro até ao ponto de ficar sem nada. Muitas famílias vivem assim, sempre no limite. Contam os dias para receber o seu salário e durante o mês vão gastando até a ver um zero na sua conta.

7. Não sabia o significado de poupar. 

Assim que o filho sai da casa de seu pai começa um processo de ruína financeira de consumismo. Em tempo algum, vemos o hábito de poupar. Provavelmente, nunca precisou de aprender este princípio pois na casa de seu pai tinha tudo. Ele não tinha qualquer pensamento no futuro.

8. Não elaborou um plano. 

Com uma atitude impaciente, vemos que o filho pediu a herança ao seu pai mas não tinha qualquer plano bem elaborado para gastar esse dinheiro. Não fez um orçamento, não pensou onde investir, não tinha estratégia de longo prazo. Certamente, quando vivemos apenas focados no presente, estamos a prejudicar o nosso futuro.

9. Alterou drasticamente o seu estilo de vida. 

Assim que recebeu uma fortuna, o filho pródigo rapidamente elevou o seu nível de consumo, alterando o seu estilo de vida. Assim como ele, quando recebemos um aumento salarial ou algum dinheiro extra sempre temos tendência a gastar mais. É natural, quanto mais recebemos mais gastamos. No entanto, devemos ter cuidado com alterações drásticas no nosso estilo de vida. Esta é uma das razões pela qual os vencedores de lotarias perdem tudo. Qualquer ajuste, deve ser sempre gradual.

10. Não compreendeu a incerteza das riquezas. 

No início da história, encontramos um filho de um homem rico que tinha tudo o que necessitava. Após as suas más decisões, perdeu tudo e acabou que nem um mendigo e miserável. Certamente, não conhecia a incerteza das riquezas. Hoje temos dinheiro mas amanhã podemos não ter. Compreender que o dinheiro é finito e incerto, obriga-nos a pensar com prudência e sabedoria. Decerto, a nossa vida financeira sempre terá altos e baixos.

CONCLUSÃO:

“Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade.” Lucas 15:14

Seguidamente, veio uma crise na terra e o filho pródigo não estava preparado para os dias difíceis. Apenas focado nos seus prazeres temporários, cometeu graves erros financeiros que o levaram à miséria.

No entanto, a história não termina aqui. No meio da necessidade ele decidiu converter os seus caminhos e tomou decisões sábias. Certamente, quando regressou à casa de seu pai, tinha uma visão diferente sobre o dinheiro e sobre o trabalho.

Que possamos aprender com esta parábola, a não cometer os mesmos erros que o filho pródigo.

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Economista e cristã com dedicação ao estudo de finanças à luz da Bíblia. Fundadora e formadora do curso GPS financeiro.

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