“pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.” 1 Timóteo 6:10
O amor ao dinheiro é na sua base um problema de coração. Independentemente do dinheiro que possamos possuir ou da nossa classe social, podemos contrair esta “doença”. Ela não nos permite ver o mundo pela perspetiva bíblica e coloca o dinheiro como o centro dos nossos desejos. A Bíblia é clara quando nos diz que não podemos servir a Deus e ao dinheiro. O amor ao dinheiro persegue-nos diariamente para nos afastar de Deus.
O primeiro sinal que podemos estar a amar o dinheiro é colocar Deus fora da nossa vida financeira. Considerar que o tema finanças não é um tema espiritual e não querer aprender sobre como gerir os recursos segundo a Bíblia é um alerta que o dinheiro pode ter tomado conta do nosso coração. Antes de tudo, precisamos submeter as nossas decisões financeiras a Deus.
10 Sinais que pode estar a amar o dinheiro:
1. Tem um desejo profundo por ser rico.
“Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição” 1 Timóteo 6:9
Em primeiro lugar, a questão não é ser rico ou não. Ter bens não é condenado pela Bíblia. O problema é o desejo impulsivo de procurar riqueza. Quem busca ser rico como objetivo de vida, enfrenta muitas tentações e desviou-se da fé.
2. Nunca está satisfeito e vive descontente.
Fujam do amor ao dinheiro; contentem-se com o que têm, porque Deus disse: Não te deixarei, nem te abandonarei. Hebreus 13:5
O contentamento bíblico é o oposto do amor ao dinheiro. Acreditar que nunca temos o suficiente leva-nos a achar que é sempre importante ter mais. O descontentamento pode se tornar crónico e um estilo de vida. Estamos verdadeiramente a confiar na provisão de Deus quando vivemos descontentes?
3. Vive acima das suas possibilidades.
Quando estamos a consumir mais do que recebemos, estamos a assumir um padrão de vida acima do que deveríamos. O desejo por mais leva à falta de poupança, ao endividamento e por conseguinte à ruína financeira da família. Em primeiro lugar, precisamos aprender a distinguir entre necessidades e desejos.
4. Gosta de ostentar.
Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. 1 João 2:16
Não há qualquer problema em termos comodidades desde que estas sejam um resultado de uma mordomia fiel e que não venham de sentimentos pecaminosos. Por vezes, não só queremos acompanhar o vizinho como também queremos mostrar que estamos melhor do que ele. Adquirimos bens não porque necessitamos mas porque queremos aparentar prosperidade.
5. Deposita a sua segurança no dinheiro.
“Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam.”Mateus 6:19
Frequentemente, assumimos que o dinheiro que acumulamos no banco irá nos proteger e trazer segurança. No entanto, a Bíblia mostra-nos que as riquezas deste mundo são incertas e que só em Deus encontramos a segurança e a provisão. Quando o dinheiro é a nossa segurança então ele ocupou o lugar de Deus na nossa vida.
6. Não tem um coração generoso.
Ter dificuldade em dar e ser generoso é um alerta vermelho para nós. O egoísmo e o individualismo toma conta de nós quando queremos que tudo o que possuímos seja usufruído apenas por nós como na parábola do rico insensato. Quando o dinheiro é mais importante que o nosso próximo, não estamos a amar o que deveríamos amar.
7. Avalia as outras pessoas pelas suas posses.
Numa sociedade de aparências, o dinheiro está no centro do nosso coração quando passamos a ver as outras pessoas pelo filtro financeiro. Julgamos os outros pelas suas posses, estabelecemos padrões e preconceitos com base na conta bancária de cada um. Contudo, o estatuto social não define nenhuma virtude nem nenhum defeito.
8. Trabalha demais.
A Bíblia ensina-nos a trabalhar arduamente mas quando a devoção pelo trabalho e a ambição exagerada prejudicam a nossa vida espiritual e familiar podemos ter ido longe demais. Às vezes para darmos mais comodidades à nossa família e para termos um padrão de vida mais elevado abdicamos do que é mais importante. O que é para si o mais valioso?
9. Pratica atos desonestos e corruptos.
Um dos efeitos inegáveis do amor ao dinheiro é a ganância que nos leva a atos desonestos. A corrupção, a fraude ou outro tipo de desonestidade tem sempre como origem o amor pela riqueza e a falta de fé na provisão de Deus. Certamente, quando amamos a Deus, amamos a verdade e não podemos ser desonestos. Sem dúvida, Deus sempre honrará o justo.
10. Inveja o que outros têm.
O ser humano tem uma predisposição para invejar a propriedade dos outros. Assim que caímos no pecado da inveja, passamos a cobiçar tudo o que os outros têm. No entanto, quando o nosso coração se converte a Deus o pecado da inveja pode ser ultrapassado e vencido. Podemos olhar para a prosperidade do outro como benção.
Conclusão:
Todos sem exceção somos tentados a amar o dinheiro numa sociedade materialista. Quem considera que nunca amou o dinheiro então pode já ter caído na armadilha. O dinheiro luta diariamente pela nossa atenção. O descontentamento, a ganância e o egoísmo que vemos na nossa sociedade é o reflexo de um profundo amor ao dinheiro. Portanto, precisamos reverter o caminho: usar os bens materiais e amar a Deus e ao nosso próximo. Lembre-se jamais podemos servir a Deus e ao dinheiro, são dois caminhos diferentes.
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