Ensinar as crianças a lidar com o dinheiro é umas das lições mais importantes que podemos ensinar. Naturalmente, nascemos sem saber gerir dinheiro e é algo que precisa ser aprendido. Transmitir os princípios bíblicos sobre finanças irá permitir que o seu filho se torne num adulto bem sucedido.
Para conseguirmos uma educação financeira completa precisamos de ensinar por 3 meios: pela comunicação verbal, pelo exemplo e pela experiência prática. Para entender melhor o que são estes 3 pilares, veja aqui. A experiência prática é uma das componentes essenciais desse ensino. Para tal, será muito importante que quando as crianças cheguem à idade escolar, aprendam a gerir e a lidar com o dinheiro. Mesmo que seja uma pequena quantia, poderá ter um impacto enorme na sua percepção do dinheiro.
Quando falamos em mesada ,não estamos a falar num montante que afete negativamente o orçamento familiar. O objetivo aqui é: em vez de pagar as despesas diárias do seu filho ou lhe oferecer algum presente extra, dê-lhe o dinheiro para que ele o faça.
Porque as crianças devem ter um rendimento?
Receber uma mesada é uma oportunidade que as crianças terão de colocar em prática todos os princípios financeiros bíblicos. Deste modo, poderão no seu dia-a-dia tomar decisões financeiras e receber as consequências das suas escolhas. A gestão de uma mesada irá permitir ensinar diversos princípios como:
- Criar um orçamento.
- Ser responsável.
- Assumir os seus erros de gestão.
- Assumir as suas despesas.
- Adquirir o hábito de poupar parte do rendimento.
- Separar parte para dar.
- Poupar para objetivos específicos.
- Aprender o valor do dinheiro.
- Fazer escolhas.
- Valorizar o investimento.
- Desenvolver um carácter de mordomo.
Nesse sentido, sem experiência prática, as crianças apenas aprenderão pelo que vêem. Aprender por fazer tem um impacto muito maior no desenvolvimento das suas competências. Por exemplo: a melhor forma de ensinar o seu filho a fazer um orçamento é dar-lhe a oportunidade de o fazer.
A mesada deve ter uma contrapartida?
Certamente, as crianças precisam aprender que o dinheiro não cai do céu. Há sempre uma contrapartida para obtermos dinheiro e essa parte chamamos de trabalho. Para tal, as crianças devem ter tarefas domésticas bem estabelecidas conforme a sua idade para aprenderem desde cedo que é importante trabalharem e contribuirem para a família. Nesse sentido, sugerimos que caso não cumpram devidamente essas tarefas, deverão ser prejudicadas na mesada. É crucial que entendam que sem trabalho, não há dinheiro. Por outro lado, elas poderão ser incentivadas a receber quantias extras com outras tarefas e serviços extras. Iremos publicar brevemente um artigo sobre como podemos ensinar o valor do trabalho.
Qual a quantia certa?
A quantidade a receber irá depender da idade e da habilidade em gerir de cada criança. No entanto, há algumas dicas para encontrarmos um valor. As crianças desde cedo devem ser incentivadas a dividir o seu dinheiro em 3 categorias: GASTAR, POUPAR e DAR. Nesse sentido, faça o cálculo das despesas que os seus filhos possam ter na escola e atribua um valor extra para que possam poupar e dar. Em vez de comprar-lhes presentes, dê-lhes um valor mensal para que eles aprendam a poupar para comprar depois. Caso os seus filhos não tenham qualquer despesa, atribua na mesma um valor de mesada para que poupem e dêem. Se pensa que não tem condições para pagar uma mesada aos seus filhos, reforçamos que o valor não é o mais importante. Uma pequena quantia semanal ou mensal será suficiente para que aprendam o valor do dinheiro.
Qual a frequência?
A noção temporal varia conforme a idade. Nesse sentido, a partir dos 5/6 anos, o melhor é optar por quantias semanais para que seja mais fácil gerirem. A partir dos 8 anos poderá alargar para um valor quinzenal. Por fim, a partir dos 12 anos poderão gerir uma quantia mensal.
Concluindo, sem um rendimento será impossível as crianças aprenderem princípios como o orçamento e a poupança. Veja aqui 10 lições importantes para ensinar aos seus filhos. O objetivo da mesada não é dar dinheiro ao seu filho mas sim obrigá-lo a assumir responsabilidades e aprender a fazer escolhas financeiras. Uma criança que aprenda desde cedo a gerir dinheiro, irá se tornar um adulto financeiramente responsável e livre! Lembre-se que é preferível que o seu filho cometa erros de gestão em criança do que quando for adulto.
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