Todos os dias somos bombardeados por mensagens sobre dinheiro. A maioria destas mensagens convencem-nos que devemos lidar com o dinheiro de forma individual e egocêntrica. De facto, casais cristãos necessitam de adotar estratégias para que o dinheiro não se torne um tema de desavença. As finanças estão no pódio das causas de divórcio, não porque o dinheiro seja algo mau mas sim porque casais não sabem lidar com ele juntos. O dinheiro deve ser uma ferramenta para a abençoar a família e não para a destruir.

Precisamos construir casamentos à prova de qualquer circunstância financeira.

Como lidar com as finanças no casamento?

1. Transparência.

Primeiramente, quanto mais transparente é a organização financeira da família melhor. A única forma de nos mantermos no caminho é certo é termos alguém a quem prestar contas. Quando há transparência, a responsabilidade e as decisões são partilhadas. Qualquer atitude em relação ao dinheiro será vista pelo outro e nos ajudará a melhorarmos a nossa gestão. Quando não há transparência, não há prestação de contas o que leva a desconfiança e possivelmente à culpa individual.

2. Compreensão das diferenças.

Todos temos passados diferentes e trazemos da nossa família uma forma de lidar com o dinheiro diferente. Primeiramente, essas diferenças precisam ser comunicadas e compreendidas. Para além disso todos temos características intrínsecas: uns são mais poupados, outros mais gastadores, outros mais controladores, outros preferem delegar controlo… Compreender a visão do outro sobre o dinheiro é um ponto de partida.

3. Celebração das diferenças. 

Diferentes pontos de vista sobre o dinheiro são na verdade algo positivo. Se por exemplo, um cônjuge é gastador e o outro é acumulador, poderão com a ajuda um do outro encontrar um equilíbrio. Talvez o mais poupado possa assumir a tarefa de controlo das finanças enquanto que o mais gastador poderá impulsionar o aumento da generosidade. Celebrem as diferenças e aprendam a usá-las para benefício da família.

4. Partilha de objetivos.

Remar para lados diferentes pode ser destruidor. Se um cônjuge deseja poupar dinheiro para a compra de uma casa e o outro quer comprar um carro novo, o fim pode ser trágico. É importante partilharmos os nossos desejos, os nossos medos e definir planos e objetivos comuns.

5. Comunicação regular.

Conversar sobre dinheiro e gastos pode parecer chato para muitas pessoas mas os efeitos da falta de comunicação são devastadores. Ir comunicando gastos e decisões previne futuramente muitos problemas. Para além disso, pedir a opinião do outro é uma muralha contra qualquer desavença. Falar sobre dinheiro deve ser algo natural e regular.

6. Trabalho em equipa.

Ser um em Cristo também se aplica às nossas finanças. Não tem qualquer relevância quem ganha mais, quem é o mais gastador ou se têm conta conjunta. O importante é nunca perderem de vista que a gestão das suas finanças é a dois e que trabalham ambos em prol da família. Construam um orçamento em conjunto. 

7. Disciplina. 

Naturalmente, não gostamos de disciplina. No entanto, a disciplina é essencial para nos manter focados no caminho certo. A menos que sejamos disciplinados na nossa área financeira, não teremos sucesso. Seguir um orçamento, um planeamento e objetivos traçados vai garantir estabilidade financeira para a nossa família. Se têm dificuldades com o auto-controlo, analisar as finanças semanalmente em conjunto pode ser benéfico para manter o foco.

 

Para saber mais sobre este assunto, veja os 5 erros financeiros que podem destruir um casamento.

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Economista e cristã com dedicação ao estudo de finanças à luz da Bíblia. Fundadora e formadora do curso GPS financeiro.

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