Vivemos tempos turbulentos onde a inflação apoderou-se da nossa atenção, das nossas conversas e dos nossos pensamentos. Como cristãos sabemos que a nossa fonte de segurança deve estar em Deus e não na economia. Contudo, vemos os nossos gastos a aumentar muito acima dos nossos rendimentos.
Será que Deus se importa?
Antes de tudo, necessitamos de ter a perspetiva correta, olhando para os acontecimentos do ponto de vista de Deus. Ele é o criador de toda a economia, Ele controla todos os acontecimentos e Ele garante que as nossas necessidades são supridas. Incrível, não? Quando colocamos a nossa segurança no nosso Pai, podemos viver confiantes no seu cuidado, independentemente da economia. Porém, se a nossa segurança estiver em nós mesmos ou no nosso dinheiro, então nos sentiremos sempre vulneráveis à flutuação económica. Aqui vem a verdade: mesmo quando a economia está bem, a segurança é uma ilusão, se ela não estiver em Deus. Surpreendentemente, é nos momentos de prosperidade que tendemos a confiar mais no dinheiro e menos em Deus, sendo a segurança uma miragem enquanto que os momentos de crise, são oportunidades de aprofundarmos a nossa fé e as nossas raízes na verdade.
Um mas…
Se este artigo terminasse por aqui, estaria biblicamente incompleto. Deus prometeu-nos a provisão mas esta não existe sem uma ação nossa. Deus é de facto O criador mas Ele deu-nos a tarefa de sermos trabalhadores e administradores dos seus bens. Quando assumimos esse papel e aplicamos os princípios bíblicos em relação ao dinheiro, encontramos a provisão de Deus. Tenho testemunhado que quando as famílias começam a aplicar a disciplina financeira, a alinhar o seu coração nos princípios bíblicos e a convidar Deus para as suas finanças, milagres acontecem.
O que posso fazer?
Então, se quer enfrentar esta crise, comece pelo primeiro passo: crie um orçamento em família e decida para onde vai cada cêntimo do seu rendimento. Analise profundamente as suas despesas: negoceie as suas despesas fixas e defina limites para as suas despesas variáveis. A regra de ouro é garantir que gasta menos do que ganha para que consiga reduzir a sua dívida e criar uma poupança de emergência, mesmo que isso leve a equacionar o seu padrão de vida. Por fim, e não menos importante, ore pelo seu orçamento e pelas suas finanças. Ao manter um registo dos seus movimentos financeiros poderá ser mais intencional nos seus gastos. Quando começar a colocar as mãos no papel, é aí que vai encontrar a provisão de Deus: numa redução de uma despesa, numa promoção do supermercado inesperada, num aumento salarial… Deus cuida de nós nos pequenos detalhes e muda situações a nosso favor. Lembre-se que Deus sempre providencia alimento para os animais quando eles intencionalmente vão caçar. Assim como nós, quando procuramos, encontramos o presente de Deus.
A perspetiva correta.
Deus nunca nos impedirá de contrair dívidas ou de gerir as nossas finanças com descuido pois foi nos dada a liberdade. No entanto, quando decidimos optar pelo caminho da gestão fiel, encontramos a paz financeira que tanto desejamos. Deus é maior do que qualquer problema financeiro e Ele mesmo criou todas as leis económicas. Independentemente de quão difícil esteja a sua situação financeira, Deus tem um plano para si. Então, se os pensamentos de inflação têm atormentado a sua mente nos últimos meses, não está sozinho. Mas também não precisa se angustiar, esse não é o seu papel. Faça antes tudo o que puder para ser um melhor administrador das suas finanças e procure aconselhamento financeiro. Ponha a mão na massa, o resto Deus fará.