A consolidação de crédito é um processo pelo qual uma pessoa combina múltiplas dívidas em uma única, de modo a ter uma única parcela mensal a pagar, geralmente com juros mais baixos e prazos mais longos. De forma simplificada, contraímos um crédito consolidado que vai pagar todos os nossos créditos. Assim passamos a ter apenas uma prestação de dívida. A consolidação de crédito é normalmente usada como uma estratégia para simplificar o processo de pagamento das dívidas e para diminuir o peso do crédito no orçamento familiar. 

Atualmente podemos encontrar vários intermediários de crédito que tratam de todo o processo.

Assim como o rico domina sobre o pobre, quem toma emprestado se torna servo de quem empresta.
Provérbios 22:7

Quais as vantagens de consolidar créditos?

Primeiramente, este processo pode trazer clareza e organização pois permite que troquemos várias prestações de crédito por apenas uma. Este fator pode ser muito importante para famílias que já perderam o controlo da sua gestão financeira. No caso, de possuir créditos com juros muito elevados é bastante possível que consiga um crédito consolidado com juros mais baixos, o que pode resultar numa poupança significativa. Por fim, aquela que eu considero que é a maior vantagem é a redução do valor mensal destinado ao pagamento de créditos. Podemos encontrar com a consolidação, um alívio no orçamento que pode permitir à família poupar mensalmente. Com essa poupança mensal pode abater os créditos e assim diminui significativamente a pressão financeira.

Quais as desvantagens de consolidar créditos?

O processo não é de todo um mar de rosas. Podemos encontrar algumas desvantagens associadas. Primeiramente, a consolidação gera um aumento do prazo de pagamento. Se não houver a disciplina de aproveitarmos a nova margem mensal para abater a dívida, estamos apenas a prolongar ainda mais o nosso estado de endividamento. Para além disso, o crédito consolidado muitas vezes vem atrelado de taxas e encargos adicionais. Por fim, a maior desvantagem, o crédito consolidado pode trazer um alívio mensal e desencadear ainda mais endividamento se não tratarmos a verdadeira causa do endividamento. Nenhuma família deveria consolidar créditos sem primeiro compreender a causa do endividamento, analisar os comportamentos prejudiciais associados e sem assumir a disciplina de mudança de estilo de vida.

Devo consolidar os meus créditos?

Antes de tudo, assuma o controlo das suas finanças, desenvolva um orçamento e procure ser disciplinado. De seguida, faça uma lista de todos os créditos com montante em dívida e taxa de juro contratada. É importante analisar se consegue de facto assumir as prestações de crédito mensalmente e gerir as diversas dívidas. Caso não consiga cumprir com as suas obrigações, deve procurar um intermediário de crédito e analisar propostas de consolidação.

Se as suas prestações podem ser pagas com uma gestão mensal mais disciplinada, pode analisar as propostas de consolidação mas também avalie a opção de criar um plano de pagamento de dívidas baseado no método da bola de neve. 

 

Quer opte por consolidar ou não é muito importante que procure compreender a causa do endividamento e garantir que está a ser resolvida. Durante o processo de consolidação deverá aproveitar qualquer margem de poupança mensal para abater o seu crédito para se livrar do endividamento o mais rápido possível. É recomendável consultar um profissional para obter orientação e ajuda na tomada de decisão.

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Economista e cristã com dedicação ao estudo de finanças à luz da Bíblia. Fundadora e formadora do curso GPS financeiro.

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