Quem foi José do Egito?

Encontramos a história de José do Egito no Antigo Testamento, mais precisamente no livro de Génesis. Filho de Jacó e Raquel, José foi vendido como escravo pelos seus próprios irmãos e levado para o Egito, onde foi comprado por Potifar, um oficial do faraó.

José logo se destacou pela sua habilidade em interpretar sonhos e, posteriormente, foi chamado pelo faraó para interpretar um sonho que ninguém conseguia decifrar. José interpretou o sonho como um sinal de que haveria sete anos de fartura seguidos por sete anos de escassez, e recomendou ao faraó que guardasse mantimentos durante os anos de fartura para se preparar para os anos de escassez.

O faraó ficou impressionado com a interpretação de José e o nomeou como governador do Egito, com a responsabilidade de gerir a poupança dos mantimentos. Durante os anos de escassez, não só o Egito se livrou da fome como ainda forneceu alimentos a outros povos.

Leia aqui a história:

Agora, pois, escolha Faraó um homem ajuizado e sábio e o ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó, e ponha administradores sobre a terra, e tome a quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de fartura. Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim, o mantimento será para abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá no Egito; para que a terra não pereça de fome. Gênesis 41:33-36

A história de José do Egito é frequentemente mencionada como um dos melhores exemplos de gestão financeira, de planeamento a longo-prazo e de poupança.

Aprenda com José do Egito: a lição financeira que mudará sua vida.

Prepare-se para as crises nos dias da abundância.

Uma das lições mais importantes desta história é que ela explica-nos que há ciclos económicos: anos de prosperidade e anos de escassez. Essa verdade mantém-se até hoje quer para a economia mundial quer para as nossas finanças pessoais. Sempre teremos momentos da nossa vida em que as nossas finanças estarão melhor. No entanto, haverá momentos em que podemos enfrentar um desemprego, uma doença, um imprevisto financeiro, ou seja, algo inesperado. Sim, momentos difíceis sempre existirão e despesas não planeadas aparecerão. 

O segredo de enfrentarmos as crises, está no que fazemos no tempo da abundância. José ordenou que poupassem 20% de toda a produção para os dias da escassez. Aprendemos com esta lição que devemos, sempre que possível, criar poupança, ou seja, colocar dinheiro de parte, para imprevistos e crises financeiras. Criarmos uma reserva de emergência é crucial para conseguirmos lidar com os momentos financeiros difíceis. 

Infelizmente, a nossa tendência é de fazer precisamente o contrário. Nas crises tendemos a cuidar melhor das nossas finanças mas quando o nosso rendimento aumenta, aumentamos logo o nosso consumo e descuidamos o controlo das despesas. Seja sábio como José e procure sempre colocar a poupança como prioridade no seu orçamento. Para isso, é importante ter um nível de gastos reduzido e abaixo dos seus rendimentos.

“Na casa do sábio há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode.” Provérbios 21:20

Por fim, o planeamento sábio de José permitiu suprir as necessidades não só do Egito como de outros povos. Isso é o que acontece quando gerimos as nossas finanças com sabedoria: ganhamos a possibilidade de cuidar da nossa família e de abençoarmos o nosso próximo. Sim, a poupança traz opções, liberdade financeira e a possibilidade de usarmos o nosso dinheiro para um propósito maior do que nós mesmos.

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Economista e cristã com dedicação ao estudo de finanças à luz da Bíblia. Fundadora e formadora do curso GPS financeiro.

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