Estudos mostram que as finanças são a 2ª maior causa de divórcio em todo o mundo! No entanto, o dinheiro ainda é um dos temas tabu quando falamos sobre casamento e relacionamentos. Na base de muitos problemas familiares está o dinheiro, ou não seria verdade quando a Bíblia afirma que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. 

 

Reunimos os 5 maiores problemas financeiros no casamento que contribuem para o aumento exponencial dos divórcios. 

 

1. A indiferença.

Antes de mais, acreditar que dinheiro não é um assunto importante é um dos maiores mitos que encontramos. Não só pode levar-nos a uma vida financeira fracassada como é contrário aos ensinos da Bíblia.

Muitas famílias não conversam sobre a sua área financeira, ignoram por completo o assunto e depois quando surgem as dificuldades, não sabem lidar com o problema. Por outro lado, muitas vão colocando o “lixo” debaixo do tapete até um dia não dar mais.  Torna-se assim crucial, entender que as finanças são um tema pilar de qualquer construção de um casamento ou de uma família. É preciso dar atenção ao tema, investir na comunicação e planear. 

 

2. Falta de comunicação.

Quando falamos em comunicação na área financeira, falamos em primeiro lugar no combate à infidelidade financeira.

O que é a infidelidade financeira?

É nada mais do que gastar dinheiro ou tomar qualquer decisão sem o conhecimento ou consentimento do parceiro. Muitas vezes, conflitos entre casais iniciam porque um cônjuge gasta dinheiro sem o outro saber o que gera um sentimento de traição. No entanto, as decisões precisam ser tomadas em conjunto. Nesse sentido, se as famílias não têm o hábito de conversar sobre as suas finanças, devem agendar regularmente uma hora para conversarem sobre orçamento familiar, investimentos, pagamentos de dívidas entre outros temas. E mais importante ainda, não tomar qualquer decisão sem consultar o seu cônjuge. 

Quando começarem a comunicar, vão conseguir trabalhar em conjunto em prol da família.

 

3. A ignorância.

Podemos entender a importância do assunto e até investir na comunicação mas e se não soubermos como gerir? 

Este é outro ponto problemático que enfrentamos. Quando não sabemos como gerir, podemos tomar más decisões financeiras e pôr a nossa família em risco. Nesse sentido, nenhuma família poderá melhorar a sua vida financeira sem investir individualmente na sua literacia financeira. Muitos casais se sentem perdidos nesta área e por orgulho não procuram ajuda. Um dos passos para combater a ignorância é reconhecermos que precisamos de aprender. Podemos pedir conselho a alguém e  também trabalhar melhor a nossa capacidade de gestão.

Para além disso, precisamos analisar o nosso carácter nesta área. Se somos gananciosos, preguiçosos ou amantes do dinheiro, isso irá se refletir também na saúde financeira da nossa família. Não existem finanças familiares saudáveis enquanto todos não souberem lidar de uma forma sadia com o dinheiro. 

 

4. Individualismo

Muitas pessoas casam-se mas não casam as suas finanças. Ou seja, quando somos solteiros, somos os únicos responsáveis pelas decisões financeiras. Contudo, depois do casamento, o processo muda. Em vez de “eu” e “para mim” passa a ser “nós” e “para nós”. Passam assim a haver dois decisores. Aqui entra o desafio!

Quando colocamos o nosso interesse acima do interesse da nossa família, o resultado não poderia ser pior. É necessário a família trabalhar em equipa e estabelecer os objetivos comuns. Isto pode implicar abdicar de interesses pessoais e objetivos individuais. 

 

5. Perfis financeiros distintos

Todos nós trazemos uma bagagem do nosso passado quando nos casamos. Também na área financeira, trazemos as nossas experiências. A maior influência no nosso perfil financeiro, ou seja, a forma como lidamos com o dinheiro, vem da experiência da nossa infância com os nossos pais. 

Há várias personalidades financeiras como por exemplo: o poupado, o gastador, o avarento, descontrolado entre outros. Se uma pessoa extremamente poupada se casa com alguém extremamente gastador, vai haver sempre tensão. Esse conflito pode durar anos sem haver qualquer entendimento.

Primeiramente, é necessário entender os pontos fortes e fracos de cada um e trabalhar no equilíbrio. Definitivamente irá implicar uma adaptação da nossa postura. Se somos muito gastadores podemos ter que pôr um travão na nossa compulsividade. Se, por exemplo, um poupado se une a um descontrolado, talvez seja melhor o poupado assumir a tarefa de controlo financeiro. 

 

Enquanto muitos casais lutam para estarem juntos na riqueza e na pobreza, fazer um plano para lidar com ambas as circunstâncias pode ajudar a cumprir essa promessa. Dinheiro não deve ser a razão que separa um casal. Dinheiro é uma FERRAMENTA, usada para abençoar a família, e usado com sabedoria pode tornar-se um investimento no felizes para sempre!

 

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Economista e cristã com dedicação ao estudo de finanças à luz da Bíblia. Fundadora e formadora do curso GPS financeiro.

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