“Jesus disse aos seus discípulos: “O administrador de um homem rico foi acusado de estar desperdiçando os seus bens. Então ele o chamou e lhe perguntou: ‘Que é isso que estou ouvindo a seu respeito? Preste contas da sua administração, porque você não pode continuar sendo o administrador’.” Lucas 16:1,2

 

Jesus contou várias parábolas, pequenas histórias com o intuito de transmitir uma verdade mais profunda. Muitas dessas parábolas falavam sobre dinheiro. A parábola do administrador infiel dá-nos várias lições e algumas são complementares com a parábola dos talentos.  Estas duas parábolas em conjunto contêm o essencial da mordomia cristã e falam sobre qual é o nosso papel em relação ao dinheiro.

Qual o significado da parábola do administrador infiel?

Reunimos alguns princípios financeiros essenciais que esta parábola nos ensina. Iremos apenas focar-nos na primeira parte da parábola, ou seja, nos primeiros dois versículos:

1. Nós somos administradores.

Assim como na parábola dos talentos, aqui também é transmitida a verdade que Deus é o Senhor de todas as coisas e que nós somos seus administradores. Este princípio também encontramos no Velho Testamento com diversos versículos a evidenciar o Senhorio de Deus e o facto de sermos gestores dos recursos da terra. Sim, tudo o que possuímos não é nosso mas sim temporariamente entregue por Deus.

2. Não devemos desperdiçar os recursos.

Não sabemos muito sobre o administrador infiel mas sabemos que ele desperdiçou os bens do seu senhor. Essa má gestão é claramente condenada. A Bíblia ensina-nos que é esperado que façamos uma boa gestão de todo o dinheiro e de todos os bens que Deus nos dá. O desperdício significa negligência e o mau uso do dinheiro. Desta forma, cuidarmos bem das nossas finanças é um dever.

3. A má gestão produz mau testemunho.

Nesta passagem, o senhor foi exigir contas ao seu administrador pois tinha ouvido falar sobre a sua má gestão. A negligência na administração do dinheiro produz um mau testemunho. Também neste versículo, aprendemos que a boa gestão das nossas finanças é crucial como exemplo para outros à nossa volta:

“E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma. ” 1 Tessalonicenses 4:11,12

4. Um dia iremos prestar contas da nossa gestão.

Assim como o senhor foi exigir contas ao seu administrador, um dia todos nós teremos que prestar contas da nossa gestão. Esta mensagem é reforçada igualmente na Parábola dos Talentos. E se Deus pedisse contas a nós hoje? Estaríamos preparados?

5. Quando somos infiéis podemos ser retirados da gestão. 

O administrador foi destituído do seu cargo devido à sua má gestão. Assim como este administrador, desperdiçar dinheiro e recursos dados por Deus conduz naturalmente à penúria.

A parábola do administrador infiel recorda-nos quão importante deve ser a atenção que damos à nossa vida financeira. Há implicações espirituais no modo como gerimos. Certamente, não desejamos ser este admnistrador infiel que desperdiçou dinheiro que não lhe pertencia. Necessitamos de recordar diariamente que somos gestores de algo que pertence a Deus e devemos ser dignos de confiança.

“Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas?” Lucas 16:11

 

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Economista e cristã com dedicação ao estudo de finanças à luz da Bíblia. Fundadora e formadora do curso GPS financeiro.

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