As parábolas de Jesus são histórias simples que nos ensinam sobre vida cristã e muitas delas carregam princípios financeiros incríveis. Entre elas, a Parábola dos talentos é um texto chave para a nossa vida financeira. De certo, é a melhor apresentação sobre a mordomia cristã. Pode ler esta história em Mateus 25:14-30 ou ver aqui.
Antes de mais, as reflexões que serão apresentadas têm como base a interpretação que o senhor na parábola representa Jesus e que os servos somos nós. Outro pormenor importante, o talento era uma moeda bastante valiosa que equivalia a 6000 denários, ou seja 6000 dias de trabalho. Portanto, estamos a falar de uma fortuna aqui representada!
As 12 lições da Parábola dos Talentos:
1. Deus é o dono de toda as coisas.
“chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens.”
Antes de tudo, o domínio de Deus é apresentado nesta parábola com a menção que o Senhor era o dono. Tudo que há, inclusive os nossos bens, na verdade pertencem a Deus. Numa sociedade em que TER é socialmente relevante, é difícil por vezes vivermos essa verdade. De facto, é uma ilusão acreditarmos que somos donos de alguma coisa. Tudo vem de Deus e tudo é para Ele.
2. Somos gestores de Deus.
Posteriormente, a passagem mostra-nos que o senhor atribui um valor para cada servo gerir. De facto, essa era uma tarefa de enorme responsabilidade. Aprendemos aqui que não somos donos mas sim gestores do que Deus nos dá. Semelhantemente, trabalhamos diariamente para Deus na gestão dos seus recursos, quer quando trabalhamos, quer quando gerimos o nosso dinheiro. A quem confiaria o seu dinheiro? Consegue compreender a responsabilidade que foi nos entregue?
3. Deus dá segundo a capacidade de cada um.
“a cada um de acordo com a sua capacidade”
Muito interessante este pormenor que encontramos no texto. O senhor distribuiu segundo a capacidade dos servos. Na verdade, ele não exigiu mais do que eles poderiam suportar. Ainda hoje, Deus distribui os seus recursos segundo a sua vontade e não vai exigir o mesmo a todos. Mais do que olharmos para o que nos é dado, precisamos estar focados em gerir bem.
4. Não devemos nos comparar com ninguém.
“A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um”
Encontramos na parábola dos talentos 3 servos que receberam 3 quantias diferentes. À partida poderíamos achar injusto mas nenhum deles questionou a distribuição desigual. O motivo é simples: o dinheiro não era deles e o senhor sabia a capacidade de cada um. Compararmo-nos com outros apenas trará sentimos de inveja e cobiça que poderão destruir as nossas finanças. Aceitar o que Deus nos dá e gerir da melhor forma é o caminho esperado de um cristão.
5. É esperado que multipliquemos o que nos é dado.
“Então você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros.”
Por certo, Deus espera que multipliquemos o que Ele nos dá. Não que a nossa vida se resuma a acumular bens, não é esse o objetivo. No entanto, é esperado que como bons gestores procuremos trabalhar com esforço, gerir com sabedoria, acumular tesouros no céu e cuidar do nosso património. Poupar e investir sabiamente o nosso dinheiro deve fazer parte da nossa boa gestão. Veja a diferença entre poupar e acumular aqui.
6. O valor não é importante para a recompensa final.
Quer o servo que recebeu 2 talentos quer o que recebeu 5, receberam exatamente a mesma recompensa. Independentemente dos recursos que Deus nos dá, a fidelidade da boa gestão trará a mesma recompensa final. Nesse sentido, pouco importante se temos muito ou pouco, a forma como iremos lidar com o que temos será a chave para o nosso sucesso.
7. Quando somos fieis, recebemos mais responsabilidade.
“Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito”
Após o senhor ter retirado o servo infiel da posição de mordomo, ele entrega o seu talento ao servo fiel. Verdadeiramente, Deus reconhece a nossa fidelidade e concede-nos mais para gerir.
8. A gestão fiel traz mais comunhão com Deus.
“Venha e participe da alegria do seu senhor”
O senhor alegrou-se com o servo fiel e a recompensa foi uma maior comunhão com ele. De igual forma, Deus se alegre quando somos gestores fieis e obedecemos à sua palavra. Igualmente teremos mais comunhão e intimidade com Deus quando somos fieis. Sempre bom recordar que as finanças são um tema espiritual e mostram o nosso coração.
9. O medo, preguiça e o apego ao bens materiais são desastrosos.
“Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão”
Com medo, o servo infiel enterrou o talento e não trabalhou para multiplicá-lo. Ter medo de perder dinheiro ou estar apegado aos bens materiais não vai ajudar em nada a melhorar as nossas finanças. O servo não se deu ao trabalho de fazer algo, ele simplesmente acomodou-se com o que tinha. Definitivamente, precisamos trabalhar e nos esforçar para multiplicarmos o que Deus nos dá. Estar parado não nos leva a lugar algum.
10. Não podemos culpar os outros.
“Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou.”
Quando o servo infiel foi confrontado com a sua má gestão, ele atirou as culpas para o senhor. Assim como ele, muitos de nós culpamos outras pessoas ou situações pelas nossas decisões financeiras. Parte da responsabilidade de um servo fiel é assumir os seus erros. A parábola dos talentos leva-nos a refletir nas nossas próprias ações.
11. A má gestão retira-nos da posição de mordomos.
“Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez.”
O talento que tinha sido dado ao servo infiel foi lhe retirado. Devido à sua má gestão, o senhor já não tinha confiança nele para uma tarefa de enorme responsabilidade. Com certeza, a nossa má gestão pode impedir que sejamos mais abençoados por Deus e pode levar-nos a perder o que nos foi dado.
12. Vamos prestar contas da nossa gestão.
“Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles.”
Posteriormente, quando o senhor voltou de viagem pediu contas aos seus servos. Assim será connosco. Um dia teremos que prestar contas da nossa gestão e do que fizemos com o que Deus nos deu. Por isso, é tão importante aprendermos como gerir conforme a vontade de Deus. Precisamos profundamente de conhecer o que a Bíblia fala sobre finanças e pôr em prática os seus princípios.
De certo, a mordomia cristã está aqui apresentada na parábola dos talentos com profundos ensinamentos para a nossa vida. A menos que procuremos sermos gestores fieis e responsáveis dos recursos de Deus, não teremos a recompensa.
Assim, se pretende aprender mais sobre gestão financeira à luz da Bíblia, siga-nos nas redes sociais GPSfinanceiro ou acompanhe o site www.gpsfinanceiro.com